Nome comum: Carapau
Nome científico: Trachurus Trachurus
Tamanho mínimo de captura: 15 cm
O carapau é um peixe ósseo, de corpo alongado, de cor cinzenta, com uma linha lateral muito marcada. É uma espécie de crescimento rápido, que pode chegar aos 20 cm logo no primeiro ano de vida. Tem uma longevidade de cerca de 20 anos e reproduz-se, a partir dos 2 anos de idade, ao longo do ano entre dezembro e março.
O carapau faz migrações em grandes cardumes e habita desde águas de superfícies até aos 100 a 200 metros de profundidade. Tem uma dieta diversificada, alimentando-se de peixes mais pequenos e zooplâncton. Quando cresce procura presas como moluscos e peixes de maiores dimensões. Tem como predadores peixes carnívoros, tubarões, golfinhos e aves marinhas.
A pesca do carapau é uma atividade comercial popular em muitas regiões costeiras do mundo. São normalmente capturados com rede de cerco ou de arrasto. As artes de pesca artesanais mais utilizadas para capturar carapau são redes de emalhar/tresmalho (para pescado de maiores dimensões) e arte Xávega (para tamanhos mais pequenos). A pescaria de carapau é das mais importantes em valor económico nos desembarques na ZEE continental.
O carapau é conhecido como o táxi do oceano porque peixes mais pequenos costumam nadar junto às suas costas.
Nome comum: Lula
Nome científico: Loligo sp.
Tamanho mínimo de captura: 10 cm
A lula é um molusco, pertencente à classe de cefalópodes. Tem um corpo alongado de forma cilíndrica, apoiado por uma concha interna que facilita a sua mobilidade. Nos seus 8 braços, além das ventosas, tem 2 tentáculos não retráteis que utiliza para capturar as presas.
As lulas têm uma capacidade natatória peculiar, pois utilizam uma técnica de propulsão a jato, em que a água é sugada para dentro da do seu manto e expelida a alta pressão através de um sifão, com possibilidade de direcionar para onde quiserem. Alimentam-se de peixes e crustáceos, e os seus predadores são peixes de maiores dimensões, baleias, orcas e tubarões. A reprodução ocorre entre março e agosto e tem um período médio de vida pelos 3 anos.
A lula pode ser pescada comercialmente por linhas de arrasto e redes de emalhar, mas pode também ser pescada à cana. Durante o dia as lulas refugiam-se em zonas mais profundas, então a sua captura é mais favorável durante a noite. Preferencialmente na Primavera e no Verão, os pescadores vão para o mar com o auxílio de uma luz forte que atrai as presas da lula (peixe mais pequeno) e utiliza uma amostra específica na ponta da cana para capturar a lula.
Para fugirem aos predadores, as lulas além do seu corpo aerodinâmico que lhes permite nadar rapidamente, contam ainda com uma capacidade de camuflagem e mudam de cor para se esconderem no ambiente envolvente. As lulas podem atingir dimensões acima de 1,5 m, mas habitualmente estagnam o crescimento pelos 40cm.
Nome comum: Salmão
Nome científico: Salmo Salar
Tamanho mínimo de captura: 55 cm
O salmão é uma espécie autóctone e anádroma, ou seja, reproduz-se em água doce mas cresce e vive no mar. É um peixe de tamanho grande, corpo alongado, com duas barbatanas dorsais, que ao longo do período de vida, sofre alterações físicas nas mandíbulas e na sua cor. Para voltar ao rio onde nasceu e se reproduzir, no inverno, o salmão tem que ultrapassar alguns obstáculos para chegar ao seu destino. As fêmeas produzem entre 500 e 2000 óvulos por Kg de peso. Em Portugal reproduzem-se no rio Cávado, Douro, Lima e Minho. Os juvenis passam entre 1 a 5 anos no rio onde cresceram até migrarem para o oceano, onde deixam de se alimentar de camarões, larvas e insetos, e passam a ingerir mais peixes e crustáceos. A mudança de habitat leva a um crescimento muito rápido e podem atingir 150 cm de comprimento, e viver até aos 13 anos. Durante a migração reprodutora não se alimentam, porém na sua vida, um salmão pode atingir os 45 Kg.
A pesca do salmão tem uma elevada importância comercial. A sua captura no Minho é rara, tendo sofrido uma ligeira recuperação nos últimos anos, e por comparação com relatos antigos, o comprimento médio tem diminuído. Artesanalmente são utilizadas redes de tresmalho ou botirão. A pesca comercial do salmão habitualmente ocorre com redes de cerco. A pesca lúdica/desportiva do salmão em Portugal está proibida, e qualquer exemplar capturado tem que ser de imediato devolvido à água.
A aquacultura do salmão é das mais importantes a nível mundial, não só pela grande procura comercial do salmão para diversos fins, mas porque protege os stocks selvagens.
O salmão é uma espécie que está classificada como criticamente em perigo, por ser sensível à qualidade da água, o que o torna vulnerável à poluição, mas também pelos obstáculos à migração. Nas viagens migratórias cruzam-se com barragens, diques e represas que nem sempre conseguem ultrapassar.
Nome comum: Choco
Nome científico: Sepia officinalis
Tamanho mínimo de captura: 10 cm
O choco é um molusco, pertencente à classe de cefalópodes. Apesar de ser um animal invertebrado, tem uma concha interna que o facilita na sua mobilidade. É constituído por um tronco oval achatado, 8 tentáculos, a que recorre para capturar presas. Possui uma bolsa de tinta, que, tal como a capacidade de camuflagem, utiliza como estratégia de defesa. Pode atingir cerca de 50 cm de comprimento e 4 Kg. O choco é uma espécie que migra no verão para águas mais costeiras, e no inverno habita ofundo marinho, até aos 200 metros de profundidade. O período de reprodução ocorre entre fevereiro e outubro, e as fêmeas colocam até 4 mil ovos. O choco é um predador noturno, esconde-se na areia para capturar caranguejos, crustáceos, moluscos e pequenos peixes e inclusive outros chocos. O canibalismo é uma estratégia comum na espécie, em épocas sem abundância de presas.
A pesca comercial do choco é uma atividade que requer habilidade e conhecimento. As técnicas mais utilizadas são redes de arrasto, de emalhar, armadilhas e pesca à cana.
Devido à sua grande capacidade de camuflagem, o choco tem a alcunha de camaleão do mar, por serem tão rápidos a mudar de cor e se confundirem com o ambiente. Esta estratégia não só é usada como defesa dos predadores, mas também como comunicação entre indivíduos da mesma espécie, para informar a presença de predadores.
Nome comum: Camarão
Nome científico: Palaemon Sp.
Tamanho mínimo de captura: 6 cm
O camarão pertence à família dos crustáceos e é conhecido pelo seu corpo longo e esguio e pelos múltiplos pares de patas. Possui um exoesqueleto de quitina e o seu corpo divide-se em duas partes, o cefalotórax (cabeça e tórax) e o abdómen. É no cefalotórax que se encontra o cérebro, estômago, coração e gónadas do camarão. Alimentam-se de plâncton e algas, e apresentam um sistema digestivo completo. A reprodução dos camarões é sexuada, e a fecundação é externa na coluna de água.
A comercialização de camarões é uma das atividades económicas mais importantes. A sua captura pode ser feita por redes de arrasto ou armadilhas. De acordo com a FAO, tanto a captura como a aquacultura de camarões, anualmente, são de milhões de toneladas, que representa o volume da sua procura.
Os camarões comunicam entre si através da emissão de bolhas de ar.
Nome comum: Raia
Nome científico: Raja sp.
Tamanho mínimo de captura: 52 cm
A raia é um peixe cartilagíneo, que pertence ao mesmo grupo que os tubarões. Tem um corpo achatado e a pele é coberta de escamas placoides, que ao passarmos a mão na sua barbatana em direção à cabeça, sentimos como se fosse uma lixa. A boca da raia fica na zona ventral, o que facilita na sua alimentação para capturar animais que vivem na areia. Apresentam fendas branquiais e as barbatanas dorsais estão unidas uma à outra, sobre a cabeça.
As raias reproduzem-se de forma sexuada, com fecundação interna. Algumas espécies de raias são ovíparas, e os ovos são protegidos por uma cápsula queratinosa escura. Habitualmente a raia é um animal solitário, mas pode-se juntar a outras raias na época de migração, onde formam pequenos grupos. Por ser um animal que habita o fundo marinho, a arte de pesca mais comum é o arrasto. Em Portugal a pesca de raia com redes de tresmalho é, também, muito frequente.
Quando atingem a idade adulta, as fêmeas são maiores que os machos.
Nome comum: Gamba
Nome científico: Parapenaeus Sp.
Peso mínimo de captura: 9,4 g
O Parapenaeus longirostris, vulgarmente conhecido como gamba da costa, é um crustáceo marinho, está amplamente distribuído no Mar Mediterrâneo e encontra-se também no Oceano Atlântico oriental, desde o Golfo da Biscaia até ao Senegal. Possui um corpo alongado e patas delgadas que lhe permitem nadar e deslocar-se na água. Encontra-se normalmente em fundos arenosos ou lodosos, onde se alimenta de pequenos organismos e detritos.
A captura de Gamba é feita por redes de arrasto. As técnicas utilizadas podem variar, mas por norma passa-se sempre com uma rede pelo fundo para capturar os organismos que vivem junto ao fundo do mar.
Apesar das suas pequenas dimensões, existem diferenças entre o tamanho dos machos e fêmeas. As gambas macho não crescem mais que 14 cm, e as fêmeas atingem os 16 cm.
Nome comum: Pata-Roxa
Nome científico: Scyliorhinus canicula
Tamanho mínimo de captura: sd
A pata-roxa pertence à família dos tubarões. Habita desde ambientes costeiros até os 400 m de profundidade, onde passa o dia a repousar nos fundos de areia, e de noite caça as suas presas. A pata-roxa tem um corpo alongado, coberta por uma pele áspera, que no passado, chegou a ser comercializada para o efeito de lixa. Na boca tem 3 fileiras de dentes invertidos para o interior, de modo a facilitar a captura de alimento, como moluscos, e crustáceos. Apesar de habitualmente ser vista com outros animais da mesma espécie, os machos e fêmeas de pata-roxa, estão sempre separados e só se juntam na época da primavera, para acasalar. A fecundação é interna, a fêmea está constantemente a produzir ovos protegido por uma cápsula quitinosa e dois vértices em espiral, para se fixar a algas e rochas. A gestação pode durar entre cinco a onze meses, dependendo da temperatura da água. A pata-roxa nasce já totalmente formada com cerca de 10 cm.
Habitualmente a pata-roxa é pescada por anzóis ou redes, seja de emalhar ou de cerco. Mas a sua captura também pode ocorrer em redes de arrasto.
A pata-roxa, além de se assemelhar a uma galinha e estar constantemente a produzir ovos, mesmo que não fecundados, tem a capacidade de detetar campos elétricos emitidos por outros animais.
Nome comum: Atum
Nome científico: Thunnus thynnus
Tamanho ou Peso mínimo de captura: 30 Kg ou 115 cm
O atum pode chegar aos 3 metros de comprimento e pesar até 650 Kg. No entanto, o mais comum é encontrar atuns com cerca de 2 metros e 450 Kg. Tem um corpo fusiforme, alongado, de cor azulada no dorso e prateado no ventre. As barbatanas dorsais são afastadas, e pode atingir os 80 km/h. A idade média de um atum é de 15 anos, e atinge a maturidade sexual aos 4 anos. A fecundação é externa, e a fêmea desova cerca de 6 milhões de ovos, que se desenvolvem em larvas após fecundação. Cada fêmea tem um local específico para desovar, regressando sempre que necessário. O atum percorre entre 14 e 50 Km por dia, e nada até aos 400 metros de profundidade. É um predador de topo, com um apetite voraz, alimenta-se de peixes pequenos, crustáceos e lulas, porém é das espécies que mais sofre de sobrepesca para consumo humano. As espécies de atum mais comercializadas em Portugal são sarrajão, albacora e atum-rabilho.
Devido à grande procura de atum, é comum serem capturados em mar e posteriormente colocados em gaiolas para engorda. As artes de pesca mais utilizadas na pesca do atum é salto e vara, redes de cerco e de emalhar
Ao contrário dos peixes ósseos, o atum não usa o opérculo para a circulação de água nas brânquias. Os atuns como nadadores incansáveis, em que são capazes de nadar Km sem parar, nadam de boca aberta que lhes permite enviar água para as brânquias onde fazem a retenção do oxigénio que necessitam, tal como a maioria dos peixes da família dos tubarões.
Nome comum: Dourada
Nome científico: Sparus aurata
Tamanho mínimo de captura: 19 cm
A dourada tem um corpo oval, prateado e distingue-se pela risca dourada que tem entre os olhos. Habita em zonas costeiras, preferencialmente com rochas ou pradarias de ervas marinhas. Alimenta-se de moluscos, crustáceos e ouriços do mar. A sua reprodução é externa, ocorrendo a desova e só posteriormente, na coluna de água, a fecundação.
A aquacultura da dourada tem extrema importância a nível comercial, é um peixe com muita procura e esta é a forma de garantir os seus stocks no meio selvagem. Em Portugal, apenas o pregado tem maior produção do que a dourada.
A sua captura em mar, pode ser feita com diversos aparelhos de anzol ou redes de emalhar. É também comum a sua captura em redes de arrasto.
As douradas são hermafroditas, nascem macho, e quando atingem os 20 cm de comprimento, convertem-se para fêmeas. Isto significa que, para ocorrer a fecundação externa, é necessário que existam indivíduos de diversos tamanhos/maturidade sexual, no mesmo espaço.
Nome comum: Sargo
Nome científico: Diplodus sargus
Tamanho mínimo de captura: 15 cm
O Sargo tem um corpo oval de cor prateada, com uma mancha negra junto à barbatana caudal. É uma espécie costeira que geralmente habita até aos 50m de profundidade, preferencialmente em zonas mais rochosas. De noite é mais ativo, quando sai para se alimentar de moluscos, crustáceos, ouriços-do-mar e algas que encontra no fundo.
Pode atingir até 50 cm de comprimento e 3,5 Kg sendo a sua dimensão mais comum um pouco acima dos 20 cm. Atinge a maturidade sexual até aos 2 anos e a fecundação é externa. Em Portugal há várias espécies de sargo como o sargo legítimo, o sargo veado e a safia.
A pesca de sargo ocorre em qualquer altura do ano, sendo comum a sua captura por anzóis, redes de emalhar e redes de arrasto.
O sargo é uma espécie hermafrodita, pelo que os machos convertem-se em fêmeas quando o número destas é reduzido, o que contribui para o sucesso reprodutivo.
Nome comum: Mexilhão
Nome científico: Mytilus sp.
Tamanho mínimo de captura: 5 cm
Os mexilhões são moluscos bivalves que vivem em ambientes de água doce e salgada em todo o mundo. Têm conchas alongadas, muitas vezes de cor escura. Estes invertebrados aquáticos são ecologicamente significativos, já que, os mexilhões melhoram a qualidade da água, filtrando os poluentes e fornecendo uma fonte de alimento para várias espécies marinhas. Além disso, a sua presença pode indicar a saúde de um ecossistema, uma vez que são sensíveis a alterações na qualidade da água. No entanto, os mexilhões enfrentam várias ameaças, incluindo a destruição do habitat, a poluição e as espécies invasoras, o que torna a sua conservação uma preocupação premente.
A produção de mexilhões é um sector crítico na indústria da aquacultura, contribuindo significativamente para o abastecimento global de produtos do mar. O processo de produção requer uma gestão cuidadosa para garantir um crescimento saudável, manter os rendimentos e minimizar o impacto ambiental. Dada a crescente procura global de marisco, os avanços nas técnicas de produção de mexilhões tornaram-se cada vez mais vitais. Estes incluem a implementação de métodos de cultivo sustentáveis e o aproveitamento de inovações tecnológicas para aumentar a produtividade e manter a qualidade dos mexilhões produzidos.
Os mexilhões, do ponto de vista culinário, são uma iguaria apreciada em todo o mundo. São versáteis e podem ser preparados de várias formas. São também muito nutritivos, ricos em proteínas e minerais essenciais.
Nome comum: Rodovalho
Nome científico: Scophthalmus rhombus
Tamanho mínimo de captura: 36 cm
O Rodovalho, é uma espécie de peixe chato que se encontra nas águas costeiras da Europa. A sua biologia é intrigante, uma vez que apresenta uma caraterística única de dimorfismo sexual, em que os machos e as fêmeas diferem significativamente em termos de tamanho e peso. Esta espécie é tipicamente um habitante dos fundos marinhos arenosos ou lamacentos. A sua dieta consiste principalmente em crustáceos e pequenos peixes. O seu ciclo de vida envolve uma fase metamórfica interessante em que a simetria bilateral dos juvenis muda para a assimetria típica dos peixes chatos.
O rodovalho, é uma espécie muito apreciada devido à sua carne firme e saborosa. Esta espécie encontra-se predominantemente no Atlântico Nordeste e no Mediterrâneo. A pesca requer um elevado nível de perícia devido ao seu habitat em fundos arenosos ou lodosos e à sua capacidade de camuflagem. A sobrepesca tem constituído uma ameaça para a sua população, o que torna necessário adotar práticas de pesca sustentáveis.
Nome comum: Perceves ou Percebes
Nome científico: Pollicipes pollicipes
Tamanho mínimo de captura: 2 cm
Os percebes, também conhecidos como cracas de pescoço de ganso, são crustáceos marinhos com uma biologia única. Adaptaram-se para sobreviver em zonas intertidais difíceis, agarrando-se às rochas com os seus caules fortes e musculados. A sua concha é composta por várias placas calcificadas que os protegem dos predadores e do bater das ondas. Estas criaturas alimentam-se estendendo os seus cirros em forma de pena na água para capturar plâncton. A biologia dos percebes é um testemunho da capacidade de adaptação biológica, demonstrando como a vida pode desenvolver-se mesmo nos ambientes mais difíceis.
A pesca de percebes é uma atividade que exige perícia, paciência e um conhecimento profundo do meio marinho. Os percebes, crustáceos que se fixam permanentemente em substratos duros. A apanha de percebes é uma tarefa cuidadosa, uma vez que estes se encontram firmemente fixados a rochas e outras superfícies duras, frequentemente em zonas intertidais com fortes ondas e correntes. É necessário um toque profissional para garantir que os percebes são removidos sem danificar o seu corpo ou o ambiente que habitam. O procedimento também precisa de ser sustentável para evitar a sobrepesca e garantir a preservação dos ecossistemas marinhos.
Apesar do risco envolvido na sua obtenção, os percebes continuam a ser um ingrediente procurado em muitos pratos gourmet, pelo seu sabor e textura únicos, mostrando até que ponto os entusiastas da culinária vão em busca de sabores distintos.