Primeiro verde, azul depois

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O Algarve transformou-se na minha casa.

Aquela que vê os meus filhos crescer e irá para sempre compor as suas memórias visuais.

Como fotógrafo tenho sempre presente a importância do território e nos últimos anos desenvolvi diversos projectos focados na sua paisagem e, sobretudo, nos seus recantos muitas vezes esquecidos. Foi assim com a Polaridade, que pretendia marcar o contraste do Algarve interior com o Algarve turístico; os Trechos, projecto de exploração da paisagem dos meus dias entre Vila do Bispo e Lagos e, mais recentemente, o Último Posto de Fronteira, retratou o concelho de Vila do Bispo e contou com a imprescindível colaboração dos alunos com quem trabalhei e que comigo partilharam aquele local e aquele momento de tão difícil isolamento.

É nesta medida que senti o desafio. A possibilidade de continuar a exploração deste Barlavento algarvio e os seus “sítios escondidos”, os lugares que normalmente não chegam a quem o visita e o reconhece apenas pelo postal turístico de uma região muito mais rica a nível natural e cultural.

Jorge Marques